Quando ouvimos falar sobre a vitamina D, logo relacionamos o sol com essa molécula tão essêncial para o nosso organismo. E não estamos errados em pensar assim. A vitamina D é uma vitamina lipossolúvel (se mistura com as gorduras) produzida pelo nosso organismo de forma natural por meio da exposição da pele à luz solar, por isso a relação do sol com a vitamina D é tão comum e correta.
A vitamina D pode ser obtida a partir do consumo de óleo de fígado de peixe, carnes e frutos do mar. No entanto, apesar de poder ser obtida por meio de alimentos de origem animal, a principal fonte de produção da vitamina é através da exposição da pele aos raios de sol, e, por isso, é importante que a pele seja exposta diariamente ao sol por pelo menos 15 minutos entre as 10h e as 12h ou entre as 15h e as 16h 30. A vitamina D favorece a absorção do cálcio no intestino, sendo importante para fortalecer os ossos e os dentes, além de evitar diversas doenças como raquitismo, osteoporose, câncer, problemas cardíacos, diabetes e hipertensão.
A vitamina D só está presente em alimentos de origem animal e em alguns produtos fortificados, não sendo possível encontrá-la em fontes vegetais como frutas, verduras e grãos como arroz, trigo, aveia e quinoa. Por isso, os vegetarianos estritos ou veganos que não consomem ovo, leite e derivados, precisam obter a vitamina através de banhos de sol ou por meio de suplementação indicada pelo médico ou nutricionista.
Sintomas que a vitamina D pode estar em falta em seu organismo
A vitamina D desempenha um papel importante na função de proteção, interagindo diretamente a combater as infecções no nosso organismo. Estudos têm mostrado uma ligação entre a deficiência de vitamina D e infecções das vias respiratórias, como resfriados, bronquite e pneumonia.
Fadiga e cansaço: estudos têm mostrado que os níveis de vitamina D baixos podem causar fadiga excessiva e cansaço, com grave efeito negativo na qualidade de vida do indivíduo.
Dor nos ossos e nas costas: a vitamina D contribui para manter a saúde dos ossos através de inúmeras maneiras. Dores ósseas e lombares podem ser sinais de níveis inadequados de vitamina D no sangue.
Depressão: pesquisadores relacionaram a deficiência de vitamina D à depressão, particularmente em adultos mais velhos. Acredita-se que a suplementação melhora o humor e a disposição para atividades diárias.
Perda óssea: a vitamina D desempenha um papel fundamental na absorção de cálcio e no metabolismo ósseo. Ter o suficiente desta vitamina é importante para preservar a massa óssea conforme se envelhece e evitar risco de fraturas, estendendo a longevidade dos ossos.
Dores musculares: Há algumas evidências de que a deficiência de vitamina D pode ser uma causa potencial de dor muscular em crianças, adultos e em idosos, devido à estimulação dos receptores
da dor nos músculos.
→ Em nosso organismo: níveis a partir de 20 ng/mL são considerados ideais, no entanto, para pessoas que fazem parte do grupo de risco, como idosos ou pessoas com comorbidades, recomenda-se os níveis de vitamina D entre 30 e 60 ng/mL. Já os níveis entre 60 e 100 ng/mL são considerados acima da média, mas não são classificados como superdosagem.
As células que fazem parte do sistema imunológico, como os linfócitos, têm receptores para a vitamina D, que atua no fortalecimento do sistema de defesa, auxiliando na prevenção de doenças. Um estudo italiano recente, realizado por cientistas da Universidade de Turim, aponta que os pacientes que foram infectados pelo Covid-19 apresentam baixos níveis de vitamina D. Não se trata de uma prevenção, mas de estar com o sistema imune funcionando adequadamente. Como a vitamina D tem ação imunomoduladora, comprovada cientificamente, é importante manter seus níveis adequados nesse momento tão delicado.
Autores: Beatriz Bonfim Freitas, Breno Lopes de Novaes, Tatiane Cristina de Jesus Silvino, Giovanni Carlos de Oliveira, Reges Evandro Teruel Barreto e Roney Eduardo Zaparoli.